Somos todos seres de água e da água, e apesar disso não sabemos cuidar de nossa essência, fonte de toda vida do planeta.
tenho na mente a memória da água que me criou que me lavou que me saciou
tenho na mente a água com qual me unges e a com que te inundo e fecundo a água que me purifica circula-me o ar verdeja-me os olhos azula meus mares
é essa a memória que eu queria levar às nuvens antes de chover como tantas e tantas vezes para poder escorrer puro de novo e de novo e de novo até secar de vez
Alguém que percebeu que manipular palavras, rompendo suas significâncias triviais, pode revelar muitos segredos. Médico. Escrever: um hobby.
Publicações:"TRAJETÓRIAS", pela Editora Utopia, além de participação na publicações da "Segunda Antologia do Bar do Escritor" e também da terceira antologia do Bar do Escritor denominada "BDE, terceira dose".
4 comentários:
água
em sua boca
sou fluida
quase falida
em ventre
o gozo
quase parida
em lábios
essência
saliva
Larissa, que lindo poema! Fluído do meu? Isso me gratifica muito...
Beijo!
coincidência ou não, teu poema desponta, justamente, num dia em que se evocam signos aquáticos
enquanto os templos desabam, pedra por pedra, tu eriges poesia,
gota a gota
Jarbas, é uma grande satisfação saber que esteve presente aqui. Seu comentário, além de generoso, é muito bonito. Enriquece a postagem.
Grande abraço
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