quinta-feira, 3 de junho de 2010

Inútil Procura

Andei procurando pelos quatro cantos
Embaixo do travesseiro
Acima da via láctea
Na luz que soprava em mim
No ramo deste alecrim

Eu andei girando como cata-vento
Como gira-mundo
Em cada esquina calada
Na densidade do nada
Onde o raso é o mais profundo

Andei até navegando
Em ventos, poeira e fumaça
Nos sete mares, silêncio
Em toda lua, a estrada

Atiro-me neste mistério
Persigo a minha morada
Da chama pretendo a calma
Do espelho, a minha alma

(Celso Mendes)

Um comentário:

Jarbas Siebiger disse...

-- J. WAS HERE --

hehe

tu não puseste o link do blog lá na msg do orkut

ah, o poema?

a procura não foi inútil

abraço