terça-feira, 21 de setembro de 2010

Flores de Asfalto



perseguir flores no asfalto
para regá-las
minha busca

mas o calor do sol
no solo negro
turva o ar
e arde

desatino

logo eu que
no gelo desta prisão
tenho mãos queimadas
olhos pétreos
e foco único
paralítico
de um compulsivo rumo

sim
minhas asas já foram brancas
mas o voo jamais foi livre

agora
quero apenas
rasgar a poeira que turva horizontes
lavar esta água impura que me inunda
fugir de mim
esperar o novo
e partir
no próximo vento estelar

(Celso Mendes)

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Celso, gostaria muito de publicar um poema seu no blog do Eita! o tema deste mês é O Teatro Nosso de Cada Dia... escolhe um que você acha que se encaixe no tema e queira publicar lá e manda pra mim.... Te espero, bj da Marise

Celso Mendes disse...

Claro, Marise! Vou dar uma pesquisada e te mando... Bjo!