sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sazonal


(invernos jamais se repetem...)

por que este agosto
deixa esse gosto
assim
de mate amargo
de riso pálido e olhares mudos
de corte fundo com sangue doce
de boca seca
de folha ao vento
de pó nos olhos
de vida esporulada
e de um tempo desnudo
se é no seu fogo
se é no seu ocre
em suas horas áridas
que se queimam as palhas?

(Celso Mendes)

4 comentários:

Celso Mendes disse...

Para fechar mais um agosto...

Tania regina Contreiras disse...

Por que será, poeta???? Findas um agosto com um poema que tem gosto de quero-mais... Tua poesia é sempre um convite a voltar.
Beijos,

marlene edir severino disse...

Celso,

Muito bonito teu poema
de mês quase findo
feito folha ao vento...

As coisas são únicas mesmo:
nunca haverá agosto igual.
Aqui foi de bruma,
molhado,cinzento.

Beijo, meu amigo!

Luiza Maciel Nogueira disse...

a saudade chama o paladar de agosto! Saboroso Celso esse gosto.

Beijos