Pessoas sem face se repetem
em casas sem cores
e ruas sem caminhos
onde procuro esperança
numa saída secreta.
E sempre a velha sensação
de que o vento tenta me engolir
e a mesma fenda insiste em se abrir sob meus pés.
Alço voo,
mas aqueles dias,
que já não mais existem,
sugam-me.
Raízes rasgam
paredes
a prender-me as asas
em muros fincados no passado.
Outra vez
meu olhar
mira a estrela,
bela,
que diz me esperar.
Ando perseguindo uma luz que não me cabe;
ela pertence aos meus sonhos.
(Celso Mendes)
2 comentários:
Sua poesia me comove, Celso. Maravilhoso te ler!
Beijo! =)
Obrigado, Lara. Sabe bem que nada mais gratificante para quem pretende fazer um poema do que ele toque um leitor, da maneira que for, mas que seja sentido.
Um beijo. =)
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