quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sinais

Entre o tridente e a cruz
os sinais
de um vento que é momento
mas instiga
da fala da rocha lambida pelo tempo
que emudece desejos
do respirar das árvores
arfantes
e da flor
rubra
que me cega
com olhos negros
e um sorriso branco.

Levito lembranças.

Fios de cabelo
invadem-me as retinas
com um cheiro suave de pecado.

Neste agora
sou só passado.

(Celso Mendes)

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