cinco pedras
em três pedaços
de chão,
vinte flores
amarelas
carregando saudade,
uma espera
em dois palmos
de luz.
vaga-lumes em círculos
e os anúncios em neon
na mesma nuvem cinza
de sempre.
infinitos caminhos
e a maldição da escolha
pairando à frente
de olhos esbugalhados.
subir em árvores
sentar em muros
não são coisas simples assim
ser passarinho
nadar no abissal
é que me levam sempre daqui.
mas o refúgio, teus olhos.
onde descanso, teu colo.
e é pra lá que retorno.
(Celso Mendes)
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