Eu ando meio cansado de ventos e tempestades, de angústias e de saudades, de frestas e dos abismos, de dores e de rancores, de chuvas, de vendavais. Eu ando meio alecrim.
Eu ando meio enjoado de sangue jorrado em vão, de feridas, de cicatrizes, de lânguidos corações, de mazelas e chorumelas, de cupidos, de serafins. É que eu ando meio alecrim.
Eu ando já saturado de tragédias e das novelas, de modelos, de passarelas, de choro, riso e consolo, de guerra, de crime e comédia, da fome e de quem consome. Pois ando é meio alecrim.
Eu ando leve, no vento, no intento do firmamento, na face que toco com a mão, no passo que não toca o chão, no espaço e no meu vazio, neste infinito e no azul, neste silêncio, em meu som, nesta magia, em meu tom. Em mim, apenas e enfim, o suave odor de alecrim.
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