persigo uma aura
posso vê-la no voo rasante
contorcendo-se
em espirais multicoloridas
atiro-me
deixo meu flanco vulnerável a sombras
dispostas a me ferir a qualquer momento
eu sei
em queda livre
arrisco
insisto
não meço risco
preciso conseguir antes de o passado chegar
ir atrás
do eterno vermelho que me reflete
no negro dessas pupilas
a viajem dura apenas
enquanto a imagem existir
a vida é camaleão
o escuro quer minha companhia
mas eu pretendo seguir a luz
e vou tentar
enquanto eu puder ser
uma partícula em seus olhos
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
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