Eu ando a caça de palavras aladas
que possam compor versos planadores
e recheados de desimportância.
Palavras-borboleta, conhecedoras
do voo e da metamorfose, donas
de seu destino. Não desejo aprisionar
significâncias.
Se for à noite, que sejam palavras vaga-lumes
ou de estrelas falantes. Estou cansado de opacidades,
de seriedades,
do inútil marrom que não sabe sorrir.
Feliz eu ficaria se delas nascesse
um poema com a mesma inutilidade
dos aviõezinhos de papel,
tantas vezes atirados ao vento
bem de lá da minha infância...
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
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