Por que eu faria agora uma poesia?
Por que do escuro meu fruto maduro?
Escalo a magia da noite
opaco como fora um nada.
Encontro nesta madrugada
dez vidas, três horas insanas,
mil vozes em rogos de paz,
cem dardos cravados no peito.
Exploro os mistérios do vácuo
vazio como esta verdade,
cortante como esta saudade,
gritando um silêncio voraz.
E se agora eu verto este meu verde em vão
é somente por que
enrubesce-me o azul.
Mas não é sangue, é vida estanque
vermelha como meus olhos,
como meus sonhos,
como o fogo de uma espera.
Como este fado
e como este fato, que me impele ao ir.
Assim, e então, resta-me flutuar
na exata dimensão onde fadas dormem
para ver se encontro
minha fantasia.
Por que faria agora uma poesia?
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
Um comentário:
Lindas letras, Escrevinhador!
Fui apresentada ao Poeta pelo Gracco Oliveira, via twitter...vc tem twitter?....eu tenho um blog de multiplicação de letras e arte em ambiente twitter, que tal divulgar os seus poemas e o seu livro??
Falemos,
giselle@serescoletivos.com, o email do Blog Seres Coletivos.
Abraços,
Giselle Zamboni
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