um momento
transverso
percorre-me a espinha
sinto os passos
marcados
ritmados
dissipando-se
num ir sem olhos de guardar lembranças
agora o vácuo
o limiar da dor
vagueia
perigosamente
na fronteira da minha sanidade
percorro um trajeto sem chão
e me despejo na saudade
(Celso Mendes)
5 comentários:
Identifico-me com este canto.
São os passos "sem chão" a "saudade" e o "ir sem olhos de guardar lembranças" que nos impelem de encontro ao desconcerto do mundo que nos rodeia ou ao nosso próprio desconcerto.
Um beijo
Obrigado, Lídia, pela presença, leitura e comentário.
Beijo
Intenso, sentido, lindo!
Obrigado, Sandra. Fico feliz com seu comentário.
Um beijo.
Que maravilha, Celso... Muito bom ler sempre! abraços
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