sexta-feira, 19 de março de 2010

Leve Pretensão


Busco,
pretensiosamente,
a leveza
das painas.

Caneta em punho
deslizando no papel
a esvoaçar pensamentos.

Meu corpo fica.

Teimoso e comportado,
insiste em obedecer à lei
gravitacional.

E aqui permaneço,
sentado,
catando palavras
para soprá-las ao vento:

quem sabe voem
ou ao menos planem...

Quem sabe caiam
em alguma palma
ou nalguma alma.

(Celso Mendes)

6 comentários:

Celso Mendes disse...

Postando coisas antigas que não estavam no blog...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sempre caem em lugares que nem saberemos quais!

Beijo.

Anônimo disse...

Todo o poeta é um "amador" - ele ama a arte de polir a palavra.

"E aqui permaneço,
sentado,
catando palavras
para soprá-las ao vento..."

Bons ventos as tragam.

M.G.

Sílvia Ribeiro disse...

sempre caem...

CARLA STOPA disse...

Na alma...Todas as palavras... Mesmo as que nos provocam e nos forçam a considerar convenções, como LIBERDADE,por exemplo...
Ah, e por falar nisso: À nossa LIBERDADE das palavras.Grande abraço.