no momento em que a mente exige
essa busca do olhar
que se perde em paredes
ou se afunda na madeira da mesa
transfixa matérias
e se esvai entre imagens e sons
ao tempo exato
em que passos morrem na sua nascente
percorrem meu abismo mais frio
e pisam, descalços, nos mesmos cacos de sempre
sangrando-me os pés
é nesse instante que o movimento inexiste
que desejo do teto meu chão
que arranco minhas asas
e as devolvo ao demônio
(Celso Mendes)
5 comentários:
pqp, que final!!!!!!!!
bjbjbj
A reflexão "que se perde em paredes
ou se afunda na madeira da mesa
transfixa matérias"...
O que fica é o desalento, uma incapacidade de voos "sãos"
L.B.
Obrigado, Flá! Obrigado, Lídia!
Suas visitas muito felizes me deixam...
Uma hora a gente cede...
Uau! Muito bom!
Beijo.
Todos chegamos ao limite por vezes, não é Lara?
Beijo, amiga!
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