Tento, mas não sei falar de paisagens. Minhas palavras são uma provocação aos grandes segredos do viver e meus desertos são imensos...
brancas
salinas
salgam
imensidões
solitárias
onde liberto
uma alma
que persegue
vida
tal água
em verdes
lençóis
bebendo
sol.
viajo só,
desato o nó,
carrego comigo
o sopro
do nada
e voo entre os silêncios
de uma procura.
a paz que me basta
não é geografia,
é história,
é passado e presente,
uma busca,
o encontro,
equilíbrio.
atiro-me
sobre
a areia e o gelo,
sob
as nevascas e as ventanias
e entre os arbustos
do deserto
de Taklamakan,
onde,
neste momento,
faço minha morada.
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
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