sábado, 5 de março de 2011

Brevidades


guardo cá dentro
alguns últimos sopros
o calor esvaído de tenras peles
a angústia de pequenas mãos
a luz de breves sóis apagando-se em bocas
o brilho final de pequenos olhos
[que calaram

e a matéria
reinventa-se
vida

[até quando?]

(Celso Mendes)

11 comentários:

Unknown disse...

Emocionante!
Só quem viveu, sabe...

Obg, Celso!
Deus lhe abençoe!
beiJOYs carinhOSOS

Celso Mendes disse...

Como disse no FB, esse é um poema singelo, simples, sem nenhuma pretensão de incomum ou impactante: é tão somente uma breve homenagem de um pediatra às breves vidas que lhe escorreram entre os dedos, como areia do tempo em constante transformação...

Obrigado Joyce!

Canteiro Pessoal disse...

Celso, delicioso adentrar e pousar sobre as notas que ofertas, e através do tecido do vosso vestir romper as barreiras que o trivial apresenta, para captura do tesouro habitado nos lugares incomuns.

Abraços

Priscila Cáliga

Anônimo disse...

"...a angústia de pequenas mãos
a luz de breves sóis apagando-se em bocas
o brilho final de pequenos olhos
[que calaram]"

Ainda há hiatos escuros na minha capacidade de apreender este mundo.

Obrigada por não esquecer!

M.G.

Sílvia Ribeiro disse...

a vida dos pequenos a escorrer por entre os dedos é das imagens mais impactantes...

Unknown disse...

Como sempre meu amigo querido...

Teus escritos tem direção certa, o coração.

Lindíssimo Celso...comovente.

Anônimo disse...

Celso, amigo querido, é sempre um aprendizado ler-te. Perfeitos versos, do mais puro sentimento. Amei!

Beijos e ótimo feriado pra vc!

Milene R. F. S. disse...

Olá Celso, gostei muito do seu blog, e também do seu poema... é lindo! Já estou te seguindo, beijos.

http://melodiaemversos.blogspot.com

CARLA STOPA disse...

Reinventar-se VIDA...Até SEMPRE...

A Órbita disse...

Oi Celso, gostei dos seus posts e já estou te seguindo, depois passa no meu blog também:
http://wglacerda.blogspot.com/
Até mais.

Ana Morais disse...

Com um enorme prazer, sigo esse blog,
Um beijo.