Ando cansado desse desvario, dessa madrugada, deste fel [intumescente
Já rastejei na noite mais sombria à procura de vermes e seres [luminosos
Já andei sobre os mares mais profundos tocando o sal de suas águas [com meus pés
Já voei mil universos em companhia de seres abissais, [interestelares, subliminares
Já mergulhei em buracos de ozônio para tentar alcançar a luz
Mas só consegui queimar meus olhos, minhas mãos e minha alma
E agora eu quero voltar praquele remanso seguro
Onde o calor esvazia este gelo que me preenche
Sob a pele tosquiada, fissurada, enlameada
Onde a saliva me limpa, me cura e me regenera
Onde esses olhos me inundam de transfigurar desejos
Onde essa pele
Onde esse mel
Onde teu colo...
(Celso Mendes)
Um comentário:
Bravíssimo !!! lindo , maravilhoso...Abração
poeta amigo.
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