escutar o ruído
rangido
gemido
dos ossos
enquanto o silêncio me grita
ver a pele rasgar
nas arestas
sangrar
pelas frestas
nos vértices do que já foi círculo
e sentir esta adaga
romper
este gelo
e o fogo
que habitam em minhas entranhas
nestas horas de angústia
onde a febre
insiste
insana
em revisitar meu futuro
neste então
permaneço
obtuso
e me quedo
(Celso Mendes)
5 comentários:
... e me quedo no silêncio das arestas da alma circular dum sonho feito de carne e sentidos
e me enredo pelas esquinas das entranhas rasgadas pelo peito abrigo onde rangem os poemas entravados do desassossego em conflito na alma e no corpo
e... então permaneço aqui sentindo-te o poema fissurado dos teus pensamentos partilhados pela palavra poetada...
Beijo
musa
No gemido do silêncio absorvo palavras que calam em canções....
Beijos
Celso, estou maravilhado com o seu espaço e o poder dos seus versos. Muito bom. Parabéns, camarada!
A aliteração a dar uma musicalidade e um ritmo admiráveis a este poema.
Belíssimo!
M.G.
Quedar-se ao futuro, obtusamente mistério...
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