água de palavra esquecida no coração
lacrimada da mente
presa nos olhos
refletida em madeira mofada
endurada na pedra
vertida em sangue e seiva
tragada do mundo
(bebedouro vitalício do bem e do mal)
hoje decidi silenciar corredeiras
e mimar dois pingos na palma da mão
é triste ver a água chorar
(Celso Mendes)
2 comentários:
Umidade para a ressequidão que por vezes trinca a alma.
Lindo e sensível poema!
Beijo.
Lara, fico muito contente com seu comentário. É um poema mais sensitivo do que lógico, então é muito legal saber que atingiu seu objetivo.
Beijo.
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