meus pés desejam pisar silêncios
de um alvorecer grisalho e calmo
não é pretensão, é despojo
despir-me das escamas de um tempo
atingir nuvens em dois saltos
sorver mares profundos
despetalar um poema e aspirar sua essência
mas desconheço e desmereço o segredo do sol
permaneço em penumbra
de manhã lírios brincarão na brisa
até quando aquela estrela me consolará?
(Celso Mendes)
12 comentários:
A escuridão tem dos seus fascínios, mas encarar o sol a olho nu será sempre tarefa impossível.
Tudo tão bonito por aqui, Celso. Um prazer te ler.
Beijo.
Lara, agradeço muito a visita. Fico feliz que goste. Beijo!
O ser é como iceberg, o que se vê é pouco.
O que se esconde, atravessa o mundo,... pra muito além da superficie!
Celso,... tens uma trato implicito com a criação, próprio de criaturas raras!
Abraço amigo!
Reinato, um poema toca quem tem sensibilidade para senti-lo. Muito obrigado pelas palavras...
Grande abraço!
Que poema lindo, Celso. Há os que não têm o consolo de estrelas... Abraços!
É verdade Nydia, isso pode fazer toda diferença!
Obrigado!!!
sim, a poesia avassala. condutora que é, nos liberta.
parabéns Celso!!
do
Cgurgel
Gurgel, grande honra ter um comentário seu aqui... Obrigado, poeta!
Adorei descobrir o poeta que dá colo às palavras em sentidos duma poesia imensa de candura e silêncio...
... outros firmamentos lançam estrelas no teu olhar incontido e brilham dessa essência profunda que em segredo o sol te brinda iluminando o lírio do vale da tua mente...
Bem, um comentário que vale por um poema só pode enriquecer meu humilde espaço. Muito obrigado, querida! Beijo!
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