(invernos jamais se repetem...)
por que este agosto
deixa esse gosto
assim
de mate amargo
de riso pálido e olhares mudos
de corte fundo com sangue doce
de boca seca
de folha ao vento
de pó nos olhos
de vida esporulada
e de um tempo desnudo
se é no seu fogo
se é no seu ocre
em suas horas áridas
que se queimam as palhas?
(Celso Mendes)
4 comentários:
Para fechar mais um agosto...
Por que será, poeta???? Findas um agosto com um poema que tem gosto de quero-mais... Tua poesia é sempre um convite a voltar.
Beijos,
Celso,
Muito bonito teu poema
de mês quase findo
feito folha ao vento...
As coisas são únicas mesmo:
nunca haverá agosto igual.
Aqui foi de bruma,
molhado,cinzento.
Beijo, meu amigo!
a saudade chama o paladar de agosto! Saboroso Celso esse gosto.
Beijos
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