Quando a seta partiu
seu zunir abafou o grito,
que lacrado engoli.
Mas a pele viu o limbo
que tua face oferecia,
sub-reptícia,
com olhos de auscultar o meu vermelho
em seu pulsar
frenético.
Profundos são os passos
que me livram das imagens
previsíveis
de minha sanidade,
enquanto tuas centelhas
penetram-me os poros.
Não cedo à realidade que me fustiga,
não me dissecam os ventos longínquos da razão;
permito-me a embriaguez controlada por desejos
e me deixo invadir.
(Celso Mendes)
14 comentários:
Um antigo, só pra relembrar...
de setas quebradas e de olhar turvo na estrada do passado sabe o amante, o poeta e o louco. só não sei por que ordem...
um abraço, amigo celso!
Permito-me a embriaguez!! Como é bom embriagar-se em sentires e deixar-se fluir.
Parabéns, amigo! Beijo.
Deah!
Permito-me embriagar nas palavras do poema colorido que descrever o sentir de um viver repleto de desejos...
Delicioso poema.
beijos
Profundos são os passos que nos trazem ao poeta e permitem que nos embriaguemos de sentir.
Abraço
oa.s
isso, meu amigo, permita-se mesmo!!!
bjsmeus
Oi!
Tudo de bom!
Estou seguindo, beijos!
que combustível é esse meu irmão, movido a verso
abraço
Bravo, Celso!
Poema especial!
A começar pelo grito abafado, a ferir a laringe...
Abraço.
Me deixo envolver por cada verso teu, tão raro, brando, cheio de vida...
Um grande abraço, meu amigo poeta!
Ana M.
A realidade as vezes só serve se for embriagada. Em alguns momentos ela pode ser servida em doses homeopáticas. Viajei.
Hoje o dia está estranho pra mim e o poema me levou de encontro a essa melancolia que me envolveu.
Você disse que o poema é antigo, enfim, faz pouco que cheguei por aqui, então pra mim é novo em folha. rs
bacio
Meus sinceros a agradecimentos a todos que comentaram...
Abraços!
" Não cedo à realidade que me fustiga,
não me dissecam os ventos longínquos da razão;
permito-me a embriaguez controlada por desejos
e me deixo invadir."
(deu vontade de assinar embaixo)
Obrigado, Cris!
Beijo.
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