terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Por que tudo que é eterno tem fim?


o piar de passarinhos
rompe a manhã que não queria nascer

preparo a defesa

aquieto-me e me resigno
em abandonar o refúgio da escuridão
em que permaneci nesta eternidade
com minha estrela e sua luz
fria e distante
onde nadavam meus sonhos

o dia nascerá muitas vezes em plutão?

não consegui voar até o limite
os fantasmas partem lentamente, fico só
eu e uma realidade que me arde na pele

(Celso Mendes)

5 comentários:

Anônimo disse...

Ah, posso sentir também.

Maravilha, poeta!

Beijo.

Jota Brasil disse...

Não conseguiste voar...mas poderá caminhar...passo a passo!
Belo poema Celsão...

Celso Mendes disse...

Obrigado, Lara! Fico muito contente em recurrentemente te ver por aqui.

Beijo!

Celso Mendes disse...

Jaime, caminhamos numa realidade e voamos em outra, na que nos abastece. Grande abraço, amigo!

Masago disse...

Caro poeta, me tocou profundamente ontem alcei um voo, confesso que talvez seja o mais difícil da minha existencia. Vá la no verso Celso dar uma olhadinha. Lindo poema o seus poemas são profundos, parabéns poeta, bjuss carinhosos, atémais...