perseguir flores no asfalto
para regá-las
minha busca
mas o calor do sol
no solo negro
turva o ar
e arde
desatino
logo eu que
no gelo desta prisão
tenho mãos queimadas
olhos pétreos
e foco único
paralítico
de um compulsivo rumo
sim
minhas asas já foram brancas
mas o voo jamais foi livre
agora
quero apenas
rasgar a poeira que turva horizontes
lavar esta água impura que me inunda
fugir de mim
esperar o novo
e partir
no próximo vento estelar
(Celso Mendes)
2 comentários:
Oi Celso, gostaria muito de publicar um poema seu no blog do Eita! o tema deste mês é O Teatro Nosso de Cada Dia... escolhe um que você acha que se encaixe no tema e queira publicar lá e manda pra mim.... Te espero, bj da Marise
Claro, Marise! Vou dar uma pesquisada e te mando... Bjo!
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