quarta-feira, 19 de março de 2014

Tocaia


a eletricidade
tece teias
em minha pele
que não é mais seda
mas tem sede
e leva, lívida
o denso odor
de todo um mundo
que me impregna

neste momento não há escolhas
e um só rio me carrega
ao azul oceânico onde me refugio
nestes dias de espera

(Celso Mendes)

2 comentários:

cirandeira disse...

Vamos aguardar a lixiviação desse rio que com certeza desaguará nas águas profundas dos mares da Poesia!

beijos

Cris de Souza disse...


Sou uma impaciente exemplar!

Beijo, doutor da lira.