não que eu queira explicar. é como absinto: me cheira a luz. mas sinto. e se esparrama em poças de histórias sob
meus pés a cada fração de passado. e a picada da abelha é que leva ao êxtase quando
se atraca ao doce do escorpião. não é a luz, é o que ela incita na mente ao captar seu reflexo. não é o som, é seu ritmo a cravar no hipotálamo. não é a
lógica, é a desconstrução que me excita e estimula. e nem sei pra que dizer
tudo isso aqui — um impulso, e só. mas nada é como já foi e acabo de me
reinventar mais uma vez sob a pena de um bico sonhador. (seria atrevimento meu querer caminhar através da luz?).
Celso Mendes
3 comentários:
O que fica à sombra nos seduz muito mais...
Um texto poético belíssimo, Celso.
Beijinho.
Caminhar faz parte da nossa condição humana, agora, caminhar através da luz é privilégio para criaturas que possuem um olhar muito especial, para poetas que conseguem vislumbrar filigranas de luminosidade no escuro com a maior naturalidade. Não é "atrevimento", Celso, faz parte de ti.
Um grande abraço, amigo!
continue impulsionando! vc tbm é fera na prosa
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