Sem
aviso
chegou
sem ruído de abertura
volátil
insinuante
inalei-a
[todo
vício começa com uma sensação de prazer]
Absintismo
(reedição modificada)
(reedição modificada)
fluida
escorreu-me lenta
banhou-me de olhares
palavras
desejos
bebi da sua cor
colei o seu cheiro
colei o seu cheiro
sorvi sua essência
naveguei cada vão
por onde vertia
e nadava-a
sôfrego
ao perceber
súbito
seu sumo destilar-me pele afora
e vazar
de minhas mãos
ocas
que não mais a continha
rapidamente escoou
secando-me um sonho
eternamente fugaz
daqui
em minha embriaguez
ainda absinto-a
intensa
inebriante
fluida
(Celso Mendes)
27 comentários:
nas últimas semanas ando um tanto ausente. são motivos pessoais e profissionais. pouco tenho produzido ou lido por conta disso. mas vícios são fortes e a abstinência vence quase sempre. então posto remendos e me desculpo e vou tentando ler os blogues que tanto gosto na medida do possível.
de inalar também padeço dos vícios, que se instalam solenes e sempre pedem mais. até as palavras viciam,
abraço
Celso Mendes!
Li o "Movimento em si menor" e agora estes.
Todos belíssimos.Não faço mais parte do Orkut, por isso, acho não consegui postar lá no Bar.
Emocionantes todas, Aqui o poema "sem Aviso, é puro prazer na arte de escrever!
Belíssimos!
Beijos
Mirze
Simplesmente deliciosas suas palavras, Celso.Um vício bom esse!!!rs
Beijinho.
Acabo de o conhecer e saio inebriada pelo fluido da sua palavra.
Forte! Voraz! Sublime!
Esse poema é uma imensidão...
Não foi à toa que você o reeditou, jamais li uma metalingaguem tão bela!
Passado o seu sufoco, visite-me.
Beijinho!
parece-me um caso de paixão, ótimo poema que aos poucos se verte em descoberta
beijos
sou viciada em sopros... e absinto-me no prazer de trilhar vozes como a tua...
Beijinho com admiração, Celso poeta amigo!
é assim para mim a tua poesia:
"intensa
inebriante
fluida"
Lindo.
Beijo
O poeta ouve rumores das águas e percebe silêncios dentro da noite sonhando manhãs.
...mas não te demores muito!
A tua poesia é imprescindível neste mar seco onde as ondas são monótonas, deixando a praia seca tempo demais!
...e fica-se embriagada com tão volátil perfume poético!
E nas mãos, fica a saudade de mais!
Fraterno abraço, querido amigo Celso
Aqui, absinto-a contigo...
espero que não sejas ciumento em teu lirismo.
Palavra fluida...e linda, e linda!
Bjo
defronte do espelho, quebram-se as máscaras e absinto-me cinza e inocência - vício, [a]final.
soberbo, querido amigo celso!
um abraço!
Chegou em mim nadando em sentimentos voláteis.
Tocou em minha derme arrepiando os sentidos e regendo olhares de um sonho...
Embriago-me com o aroma que exala dos seus cabelos e perco-me, inebriante, dentro de sua voz.
Beijos
Relendo e Haurindo...
Beijinho!
Posso ficar aqui respirando fundo, sentindo tudo passar pela pele e indo em busca do meu avesso?
bacio
O título já é um poema!
Também ando ausente e abstinente, mas não resisti e tive uma recaída.
Cá estou a me embriagar de poesias novamente.
Bjs doutor
Rossana
"Absinto-a" - o êxtase do poema para mim.
Esse jogo de linguagem e de sentidos causando intensidade poética...
Saudações, poeta!
p.s.
Quero convidá-lo a enviar poemas p/ o jornal que participo JORNAL FUXICO:
http://www.uefs.br/nit/site/jornal.html
Caso tenha interesse, mande alguns poemas seus p/ fuxicojornal@gmil.com e o seu endereço p/ enviarmos um exemplar.
Abraço, Celso!
Já em crise de abstinência, eu andava a procura das palavras roucas, o vício me acelerava os olhos, até que inalei-o no absintismo necessário.
Alucinógeno!
bj
Embriago-me em tuas palavras, sempre meu amigo... excelente!
beijos
cvb
Se todo vício começa com uma sensação de prazer, já me viciei neste blog ao ler esse poema. Lindo!
E nas volatizações do tempo, só um abraço se não volatiliza. Aqui o deixo!
Bjis, querido amigo , Celso
Ab-sintas e voamos em teu sentir... que poema!
beijos, boa semana Celso.
Carmen.
devidamente bebido o que é fluído de palavras que vertem e embriagam...
adorei a cadência desse poema, tem ritmo e leveza
(sinto prazer, acho que viciei...rs)
beijo pra ti, Celso!
Viva a fada verde da inspiração que resultou em Absintismo. E Sem Aviso dilatou as pupilas, mas você nunca dá bad trip, Celso. É sempre bom pra caramba na sua arte, na sua poesia. Gosto muito do seu estilo.
poesia assim vicia...
traguei com prazer!
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