tanto e tanto
há o encanto
da palavra bruta
em saliva lascada
massa de poema a ruminar
imagens germinam e dançam
no céu vermelho da boca
sonho ante sonho
verbo pós verbo
[desde a raiz da língua fendida]
[desde a raiz da língua fendida]
enquanto não coagula
a seiva
exposta a luz
ou a sombras
e assim se fez
e assim se faz
e se fará
decantação
(Celso Mendes)
e assim se fez
e assim se faz
e se fará
decantação
(Celso Mendes)
27 comentários:
Decantado está.
Lindamente, Celso!
Beijo, amigo!
"...palavra bruta
em saliva lascada"
Isso é de se parar e ruminar por longo tempo, sim!
Depois, descalçar-se e ir dançar a segunda estrofe, enquanto o poeta decanta!
Parabéns, Celso!
Poema brilhante.
Parabéns Celso, sempre nos encantas em sonhos, palavras, poesias que decantam a alma.
Bj
oa.s
verteu a lava, derramou sobre o poema, o engoliu rápido ainda queimando a língua e verteu toda a alma, derramada ao deleite.
bjss
decantação: estágio de purificar
purificar: acrisolar a inteligência na reflexão
abraço
LINDO DEMAIS!
"enquanto não coagula a seiva
exposta a luz ou a sombras"
E sempre demoram a coagular!
Beijos, poeta!
Mirze
decantação e encantamento nesta vertente de versos...
lindo poema, Celso!
um abraço pra ti
Na palavra bruta um verbo doce escorrendo saudades.
Na palavra doce, a brutalidade da alma em sangue de versos cruéis.
E assim, explode os versos num verbear sem fim, deixando exposta a alma.
Lindo demais, meu amigo.
As suas palavras encontram a minha alma no sem fim.
beijos
bonito... contendo as palavras, amplificando a racionalidade sensorial rumo ao imaginário impossível de que é feita a vida|poesia
abraço, amigo
poema em mineração permanente. o mistério insondável da criação poética por entre os atalhos e os becos do(e) tempo. e o momento é agora, e o momento é sempre.
um abraço em estado de de[en]cantação permanente diante da tua escrita, querido amigo!
Palavra apurada...Ah, como eu gosto!
=)
Um beijo, Celso, bom fds.
Celso,
É sempre bom estar aqui para ler estes teus transbordamentos poéticos!
Chego rasa e saio plena daqui...
Bjs, meu amigo
Pungente!
A lava ardente como a palavra bruta, transbordam das entranhas para a celebração e purificação pela qual a vida anseia.
Celso, quando terei a honra de sua visita no meu blog e o carinho do seu comentário? Espero vc para saborearmos um chocolate.
Beijokas e um lindo domingo.
Oi Celso,
E encanta fico com um poema quanto o sinto assim.
Beijo meu
Olá Celso,
Os teus poemas são uns transbordar da mais pura sabedoria e beleza poética.Não me canso de repetir... amo te ler.
Beijos, querido.
INEFÁVEL..LINDO, GENIAL, VERDADEIRO, RITMO, IMAGEM E LIRISMO AFLORADO....PLAC PLAC PLAC....DE PÉ.
Maravilhoso!!! Demais, Celso...
Decantação primorosa.
Beijos
Fantásticas as tonalidades das imagens criadas:
"imagens germinam e dançam
no céu vermelho da boca
sonho ante sonho
verbo pós verbo..."
Um beijo
A singularidade da tua obra sempre encanta.
Espetacular, desde o começo até o final. Tem um recheio bom esse poema.
Beijos
Quero post novo.
Beijo.
Eu também... rs
Bjs
Belo poema, Celso. A decantação (desde o título) na boca-saliva úmida, imagens e sonhos pela boca - a seiva querendo ser coagulada no poema.
Toda vez que leio "coagulação" em um poema, lembro dos versos de Ungaretti: "Sou um poeta/ Um grito unânime/ Sou um coágulo de sonhos"
Abs
saudades das tua voz, querido amigo!
um abraço!
Verteduras, vertigem, do verbo a luz, da imagem a dança do poema e seu escritor. Abraços
Uma decantação perfeita.
Como sempre
Boa semana
Postar um comentário