por não ter onde ir, cá estou
e espero que o final seja breve
que se molhe o silêncio a fio de lâmina
que se rasguem pedaços de nada até sangrar o branco
e que se aplaquem os vazios
destes meus olhos
que têm sede
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
20 comentários:
a sede que não se aplaca,
"nem se eu bebesse o mar/encheria o que eu tenho de fundo"
abraço
"Manipular palavras"... É bem isso que eu faço e é aí que me escondo...
Gostei do seu espaço. O dicionário dos seus afetos aplaca a minha sede... Bjs
domasse o poema os vendavais que semeia com as palavras e toda a sede seria mero oceano de completude.
esse teu poema é o alvo e a flecha, querido amigo. no vaivem dos olhar, se aplacam vazios e se alimenta toda a sede.
um abraço com os olhos ainda aturdidos deste movimento em si menor para poema maior!
Tem um tom existêncial muito forte nesses versos. Que decifra meu momento atual.
"rasguem pedaços de nada até sangrar o branco"
Ufa!
Tão triste, Celso!
A música me deixou em lágrimas.
Belíssimo!
Beijos
Mirze
Imenso!
beijos
oa.s
Está se tornando um existencialista heim!
abraços
vazios e ânsias nos fazem eternamente insatisfeitos.
Os olhos que tem sede de ouvir..., uma sinestesia implacável nas mãos do Poeta que nos mata a sede de palavras que nos rasguem a alma em si menor.
Celso,
maravilhoso!
Sem mais palavras, estas: um privilégio seu que nos traz.
Beijos e ótimo fim de semana!
a sede dos bárbaros...
beijo desta impaciente, doutor da lira!
Esse poema é maravilhoso...simplesmente maravilhoso!
Mil beijos!
Olhos saciados nem sempre são olhos felizes.
Como percebo bem essa verdade...
Um beijo, Celso.
"Movimento em si menor" Muito criativo.
Deve ser um movimento contínuo de fora para dentro, de modo a que os olhos não saciem essa sede incessante de vida.
Um beijo
Que têm sede, que são seda.
Muito bom, Celso!
Oi Celso
Os vazios da alma, de sedes humanas nunca saciadas.
Lindas tuas palavras.
Beijo meu
Essa sede que não é de água e sim de matéria... rs
bacio
Seus versos são sempre impactantes. Causam um certo revertério, mas totalmente prazeroso, como uma montanha russa dos sentidos. Muito bom, parabéns!
essa sede que faz a gente inventar água pra beber, tua poesia é plena de beleza :)
Beijos
Olá Celso,
Enquanto lia tua belíssima construção poética pensei que está se aproximando das águas da síntese, onde se diz tanto em brevíssimos espaços.
Sempre bom demais ler-te!
Beijos, meu querido amigo,
Parece que andamos, os poetas, a arrastar correntes na solidão dos vazios pessoais.
Celso, seu comentário no meu último poema foi comovente, e o poema de Drummond um presente!
Traduz-me melhor do que eu jamais traduziria.
Grata, meu amigo.
beijos no coraçã♥
Rossana
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