terça-feira, 19 de julho de 2011

Do porquê de voos

E então houve o encanto. Se figurado, fulgural ou acidental, não sei. Sei do entanto que me desgarrou dos sentidos as impressões e se desejou. Tornou-se tanto. Apegado à terra e à água, fiz do vento pousada. Dói a beleza que não incendeia, como fogo fátuo em olhos rasos. Daí a procura pelos segredos e pela cura desta sanidade. Não bastava enxergar pedra na rocha; urgia ver a aura mineral. Querer do concreto o etéreo e do onírico um denso rio de palavras. Foi assim que se fez e assim continuou. Eu vi o encanto. E ele me sorriu.

17 comentários:

Cris de Souza disse...

en-can-ta-da!

tu sabes seduzir o leitor... voar faz bem pra pele, e como faz.

beijo desta impaciente, doutor da lira.

Sandra Subtil disse...

E eu encantada sorrio ao ler-te :))

marlene edir severino disse...

Que belo voo, Celso!

Esse teu vento etéreo deixou suave sopro aqui...

Afetuoso abraço, querido!

Marlene

Anônimo disse...

Quem vê a aura das pedras, movimenta o espírito dos apáticos.

Aqui, o seu ar é sempre colorido, cheio de vida!

Beijo.

Sândrio cândido. disse...

O voar tem tantos sentidos na poesia e nas metáforas, gostei muito desta aqui colocada, como bem disse a Lara cheio de vida.
Abraços celso

Luiza Maciel Nogueira disse...

tem dessas vezes que o rio flui e nos encantamos pela correnteza...beijos

Tania regina Contreiras disse...

Eu diria que agora, sim, houve o encanto, Celso. Olhar de poeta que olha pedras e vê delas a alma. Belo texto...
Beijos,

Sândrio cândido. disse...

Celso só posso te agradecer pelo comentário, enfim que a poesia continue a nos salvar desta realidade tantas vezes dura mas onde também mora a leveza da existência
abraços

Dolce Vita disse...

Escrever é seduzir, mas quem escreve foi encantado pela palavra.

Sempre bom demais ler-te.

Beijos

CARLA STOPA disse...

Sentir além...E ir, embriagado, na direção do sol...

Milene R. F. S. disse...

E tuas palavras nos fazem ver o encanto também... belo! Beijos.

Suzana Martins disse...

Encanto... Doce encanto de versos e palavras que adentram em mim...

Beijos querido!!!

Daniela Delias disse...

Eu tbém vi...
Muito, muito bonito!

Beta disse...

Gostei imenso do olhar adentrado, delicado com as palavras, e denso, e de nua entrega. A beleza que não se incendeia é fogo fátuo, certamente, rasa e morna.
Abraço!

Jorge Pimenta disse...

celso,
não apenas o viste como o tornaste vivo e partilhado, aqui, como um recanto de água lenta que nos murmura o que se esconde além de todas as restrições.
um abraço, querido amigo!

OceanoAzul.Sonhos disse...

"Dói a beleza que não incendeia", e assim se faz encanto em seus poemas.

Um beijo
oa.s

Unknown disse...

fico imaginando o quanto desse riso,


abraço