E então houve o encanto. Se figurado, fulgural ou acidental, não sei. Sei do entanto que me desgarrou dos sentidos as impressões e se desejou. Tornou-se tanto. Apegado à terra e à água, fiz do vento pousada. Dói a beleza que não incendeia, como fogo fátuo em olhos rasos. Daí a procura pelos segredos e pela cura desta sanidade. Não bastava enxergar pedra na rocha; urgia ver a aura mineral. Querer do concreto o etéreo e do onírico um denso rio de palavras. Foi assim que se fez e assim continuou. Eu vi o encanto. E ele me sorriu.
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
17 comentários:
en-can-ta-da!
tu sabes seduzir o leitor... voar faz bem pra pele, e como faz.
beijo desta impaciente, doutor da lira.
E eu encantada sorrio ao ler-te :))
Que belo voo, Celso!
Esse teu vento etéreo deixou suave sopro aqui...
Afetuoso abraço, querido!
Marlene
Quem vê a aura das pedras, movimenta o espírito dos apáticos.
Aqui, o seu ar é sempre colorido, cheio de vida!
Beijo.
O voar tem tantos sentidos na poesia e nas metáforas, gostei muito desta aqui colocada, como bem disse a Lara cheio de vida.
Abraços celso
tem dessas vezes que o rio flui e nos encantamos pela correnteza...beijos
Eu diria que agora, sim, houve o encanto, Celso. Olhar de poeta que olha pedras e vê delas a alma. Belo texto...
Beijos,
Celso só posso te agradecer pelo comentário, enfim que a poesia continue a nos salvar desta realidade tantas vezes dura mas onde também mora a leveza da existência
abraços
Escrever é seduzir, mas quem escreve foi encantado pela palavra.
Sempre bom demais ler-te.
Beijos
Sentir além...E ir, embriagado, na direção do sol...
E tuas palavras nos fazem ver o encanto também... belo! Beijos.
Encanto... Doce encanto de versos e palavras que adentram em mim...
Beijos querido!!!
Eu tbém vi...
Muito, muito bonito!
Gostei imenso do olhar adentrado, delicado com as palavras, e denso, e de nua entrega. A beleza que não se incendeia é fogo fátuo, certamente, rasa e morna.
Abraço!
celso,
não apenas o viste como o tornaste vivo e partilhado, aqui, como um recanto de água lenta que nos murmura o que se esconde além de todas as restrições.
um abraço, querido amigo!
"Dói a beleza que não incendeia", e assim se faz encanto em seus poemas.
Um beijo
oa.s
fico imaginando o quanto desse riso,
abraço
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