quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Despojo


desfaço-me de alguns momentos
desta minha loucura
pincelada com falsas obsessões

reservo combustível para o voo
e me apego
ao que me abastece

resta um pequeno fio de sanidade
por onde às vezes escorrego
(mas não por vontade própria)

carrego um tanto de palavras
imagens
sentidos
significados
até que o tempo os apague
ou deturpe

sigo

(Celso Mendes)

5 comentários:

.thiago.cervan. disse...

Ah esse fio de sanidade! Abraço Celso!

Jota Brasil disse...

Rapaz...rompe esse fio...e entra na demência da arte poética....é muito melhor!
(E a vida se torna mais suportavel)
Abraço poeta...tu és fera

Celso Mendes disse...

Cervan, Jota: obrigado pela visita...

Abraços!

Anônimo disse...

É bom seguir certas linhas, mesmo que se percam no horizonte.

Beijo, querido poeta.

Celso Mendes disse...

Lara, querida, enquanto eu tiver uma leitora só, mas que seja como você, já vale postar...

Beijo!