quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Anoitecido


meus pés desejam pisar silêncios
de um alvorecer grisalho e calmo

não é pretensão, é despojo
despir-me das escamas de um tempo
atingir nuvens em dois saltos
sorver mares profundos
despetalar um poema e aspirar sua essência

mas desconheço e desmereço o segredo do sol
permaneço em penumbra

de manhã lírios brincarão na brisa

até quando aquela estrela me consolará?

(Celso Mendes)

12 comentários:

Anônimo disse...

A escuridão tem dos seus fascínios, mas encarar o sol a olho nu será sempre tarefa impossível.

Tudo tão bonito por aqui, Celso. Um prazer te ler.

Beijo.

Celso Mendes disse...

Lara, agradeço muito a visita. Fico feliz que goste. Beijo!

Reinatoo/facebook.com.br disse...

O ser é como iceberg, o que se vê é pouco.
O que se esconde, atravessa o mundo,... pra muito além da superficie!

Reinatoo/facebook.com.br disse...

Celso,... tens uma trato implicito com a criação, próprio de criaturas raras!
Abraço amigo!

Celso Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Celso Mendes disse...

Reinato, um poema toca quem tem sensibilidade para senti-lo. Muito obrigado pelas palavras...

Grande abraço!

nydia bonetti disse...

Que poema lindo, Celso. Há os que não têm o consolo de estrelas... Abraços!

Celso Mendes disse...

É verdade Nydia, isso pode fazer toda diferença!
Obrigado!!!

Anônimo disse...

sim, a poesia avassala. condutora que é, nos liberta.
parabéns Celso!!
do
Cgurgel

Celso Mendes disse...

Gurgel, grande honra ter um comentário seu aqui... Obrigado, poeta!

Grão de Malícia disse...

Adorei descobrir o poeta que dá colo às palavras em sentidos duma poesia imensa de candura e silêncio...
... outros firmamentos lançam estrelas no teu olhar incontido e brilham dessa essência profunda que em segredo o sol te brinda iluminando o lírio do vale da tua mente...

Celso Mendes disse...

Bem, um comentário que vale por um poema só pode enriquecer meu humilde espaço. Muito obrigado, querida! Beijo!