onde a voz aponta
e o dedo alcança
sangro esta palavra
em riste, como peito
em lança sem escudo
como água em pedra cristalina
como o rugido do fogo
silêncio de horizonte sem auroras
bocejo de luas amanhecidas
solares sorrisos de criança
nos lábios, as digitais
nos olhos, o viajar repleto de sílabas
nas falanges distais, o início
e quando o grito rompe
o eco das estrelas
calo
contemplativo
a escutar o ruflar do universo
pulsando infinitos
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
5 comentários:
"onde a voz aponta
e o dedo alcança
sangro esta palavra
em riste"
não se mapeiam viagens na pele...
o rumo dos arrepios é imprevisto!
beijinho maravilhado, meu amigo poeta!
Celso,
"silêncio de horizonte sem auroras
bocejo de luas amanhecidas
solares sorrisos de criança"
Toda a poesia é repleta de imagens lindas, mas estes três versos são belíssimos! Não tem como não se calar diante deste TEU UNIVERSO!
Bj grande, meu amigo.
Uma poesia densa, intensa, divina!
Mas a última estrofe deixou-me ainda mais meditativa! Extasiadamente contemplativa!
..."a escutar o ruflar do universo
pulsando infinitos"
...só de um, mas um coração que antes de ser poeta, já o era!
Grande poeta!
Fraterno abraço
Seus poemas são puros deleites para minha alma curiosa, Celso.Me vem mil coisas...
"O início era o verbo"... aqui, a escrita.
Maravilhoso te ler.
Beijinhos.
adorei!!!
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