a meu filho Luís Paulo
estou passando
deixo rastros
odores
sabores
mas, e as flores?
estou partindo
mergulho no vento
o que já fui
não sou
ficou
mas, e as dores?
estou chegando
novamente deslizo
em ondas do tempo
equilibrando-me
sob chuvas
luas
e sóis
mas, e o porquê?
não paro
se voo
nado
ou caminho
pressa
não cabe
só continuo
alguém ainda me espera
(Celso Mendes)
24 comentários:
Em homenagem aos quatorze anos de vida de meu filho, republico um poema que havia lhe dedicado há cerca de 3 anos atrás. E continuo.
Peço desculpas aos amigos pela ausência ultimamente, mas tenho tido que continuar a todo vapor, sem muito tempo para net...
::Um filho! Aqui, dedicas arte a uma obra da própria-prima matéria!::
Parabéns a ele, e ao pai.
Abraços.
Celso, que linda homengem.Parabéns!
Palavras ditadas por um coração que pulsa de amor por tudo aquilo que um filho representa.
Um forte abraço
oa.s
Celso
É tão bom saber que existe um filho a nos esperar...
Linda homenagem de amor entre pai e filho! Parabéns aos dois!
Bj grande, meu amigo!
Nem todos os rastros têm flores, nem todas as partidas têm dores, nem todas as chegadas têm porquês. Importante é o caminhar, sempre.
Parabéns pro teu filho.
Beijo, Celso.
Celso,
E pelos filhos,
vale equilibrar-se sob chuvas, luas e sóis,
sabemos bem disso, amigo!
Bela homenagem!
Abraço!
Um grande aos dois. Ao filho, pelo aniversário; ao pai, pela obra, no amplo sentido.
Celso, nós estamos sempre em processo e tão cheios de mistérios e questionamentos. Um filho, dos rastros mais belos: a flor e o porquê. Também a dor: pertencer. E o adeus. Guardo comigo como coisa querida que se aprende: "se voo/nado/ou caminho/pressa/não cabe". Abraço!
lindo, Celso!
abraço
Belíssima homenagem, meu querido. Tenho certeza que o seu filho está radiante com belas e perfeitas palavras.
Há sempre uma chegada que passa sem pressa a espera!!
Beijos querido!!
Parabéns
Celso. Os porques que compoem o seu poema nos transporta,gostei muito do seu poema
abraços
Todas as perguntas se calam, todas as dúvidas se desvanecem e a vida encontra um sentido quando olhamos nos olhos de um filho.
...e continuamos porque alguém ainda nos espera...
Parabéns ao Luís Paulo, virginiano (maravilhosas pessoas... 16/09 sou eu...rsrrsrs) e parabéns a vc como pai.
Ao magnífico poeta que vc é, minhas reverências.
Beijokas.
Parabéns, muito bonito o texto!
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Seu poema é imenso, Celso!!!
Deve ser maravilhosa a sensação de ter sempre alguém nos esperando...
Vai lá dar um beijo no filho querido.
Parabéns aos dois.
Beijo
Belíssimo!!!
Um beijão, doce amigo!
"existirmos: a que será que se destina",
abraço
E por eles se tornam firmes os nossos passos, fortes as nossas vontades e certos os nossos voos...
Lindo!
Um beijo
Celso, antes de mais nada, obrigado pelas constantes visitas ao meu blog. Minhas postagens andavam meio solitárias por lá...(rs)
Este teu poema paterno me lembrou Drummond, principalmente pelo recurso da pergunta ao final. Curiosamente, o poema que recordo, "Consolo na praia", trata de outro tema, as similitudes que posso ver são o tom confesional e no recurso de estilo.
É ótimo quando nossos filhos nos dão alegrias e que podemos brindá-los com nosso sentimento vertido em poesia.
Uma sugestão poética, então. Quem sabe tu consigas um artista plástico ou ilustrador para criar uma arte-final para o poema e, depois de pronto o encaixe visual e poético, enquadre-o e dê de presente a teu filho. Quem sabe desperte mais um poeta para confrontar este mundo de executivos & executáveis.
Abração.
Ricardo Mainieri
querido amigo celso,
que texto incrível! momento único este: sabermos que demos vida, mesmo que, a espaços, a não compreendamos em toda a sua plenitude. mas é justamente essa contradição que nos ensina o valor da viagem, estimulando cada poro, cada músculo, cada gota de sangue a continuar. afinal, do outro lado do carril, há sempre alguém que nos espera.
um forte abraço para ti e votos de felicidades para pai e filho!
com certeza Celso, tem uma multidão que te espera e ao mesmo tempo te habita :), poema maravilhoso!
beijo
Correndo, voando, caminhando...tudo formas de chegar.
Poema intenso, belo. Como os filhos.
Abraço
Suas combinações de palavras são imbatíveis e únicas!
Queria ter um pai assim!
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