Somos todos seres de água e da água, e apesar disso não sabemos cuidar de nossa essência, fonte de toda vida do planeta.tenho na mente
a memória da água
que me criou
que me lavou
que me saciou
tenho na mente
a água com qual me unges
e a com que te inundo e fecundo
a água que me purifica
circula-me o ar
verdeja-me os olhos
azula meus mares
é essa a memória
que eu queria levar
às nuvens
antes de chover
como tantas e tantas vezes
para poder escorrer puro
de novo
e de novo
e de novo
até secar
de vez
(Celso Mendes)
4 comentários:
água
em sua boca
sou fluida
quase falida
em ventre
o gozo
quase parida
em lábios
essência
saliva
Larissa, que lindo poema! Fluído do meu? Isso me gratifica muito...
Beijo!
coincidência ou não, teu poema desponta, justamente, num dia em que se evocam signos aquáticos
enquanto os templos desabam, pedra por pedra, tu eriges poesia,
gota a gota
Jarbas, é uma grande satisfação saber que esteve presente aqui. Seu comentário, além de generoso, é muito bonito. Enriquece a postagem.
Grande abraço
Postar um comentário