eis-me aqui a velar
nu e desprotegido
pela minha consciência
amortecida
amortizada
estigmatizada
enquanto mastigo deste meu veneno
raízes adormecem meus sonhos
cá estou, cá permaneço
em mim imerso
tal um ser ácrono
anacrônico
esquizóide
acronizóico
que vez ou outra
regurgita idéias fugazes
ou sentimentos perenes
em palavras-verso
e eis-me aqui
a velar
por este meu universo
pela minha inconsequência
pelos amores vividos
por esta doce imprudência
e pela jurisprudência
insana
do meu superego
que se me impõe
mas não me compõe
(Celso Mendes)
CONVERSA-RESENHA COM AMANDA VITAL
Há um ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário